quarta-feira, 6 de maio de 2009

O cheiro das rosas

Saindo um pouco da formalidade, é interessante ressaltar que apesar das belas manifestações artísticas através da pintura e tapeçaria, a Idade Média também pode ser lembrada pelo seu odor, que não era nada agradável. Durante o período, muitas pessoas casavam-se no mês de junho, um mês após o seu primeiro banho do ano. Assim, o cheiro ainda estava “mais ou menos” suportável para o cônjuge. Porém, como os odores do início do verão já começavam a se destacar, as noivas tinham o costume de carregar buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Provavelmente por isso maio é considerado o mês das noivas e existe a tradição do buquê. Até os mortos, coitados, entraram para a história. Algumas vezes, ao abrir os caixões, familiares percebiam que havia arranhões nas tampas pelo lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim, surgiu a idéia de amarrar uma tira no pulso do defunto, que ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Assim, ele seria “saved by the bell”, ou “salvo pelo gongo”, como usamos hoje.

por Eduardo Pereira

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